Lina estava internada; enterro será nesta quinta no Cemitério da Saudade.
Bailarina recebeu homenagem de familiares, amigos e ex-alunos na web.
A bailarina Maria Lina da Cunha Penteado morreu aos 93 anos e será enterrada nesta quinta-feira (4) no Cemitério da Saudade, às 14h, em Campinas (SP). Reconhecida em todo o país e internacionalmente, Lina estava internada em um hospital da cidade e morreu na tarde desta quarta-feira (3), por motivos ainda não divulgados.
Pioneira
De acordo com informações divulgadas pelo blog oficial de Lina, ela criou em 1952, época em que não tinha nenhuma atividade do gênero, um curso de dança em uma sala de sua casa. Com a motivação e bom nível das alunas, passou a produzir "Follies", apresentações que anualmente lotavam o Teatro Municipal. A modalidade se tornou um dos primeiros espetáculos de dança de alto nível artístico na cidade.
De acordo com informações divulgadas pelo blog oficial de Lina, ela criou em 1952, época em que não tinha nenhuma atividade do gênero, um curso de dança em uma sala de sua casa. Com a motivação e bom nível das alunas, passou a produzir "Follies", apresentações que anualmente lotavam o Teatro Municipal. A modalidade se tornou um dos primeiros espetáculos de dança de alto nível artístico na cidade.
Alguns anos depois, Lina Penteado fez do seu espaço, a "Academia de Ballet Lina Penteado", uma referência nacional no ensino da dança. Foi pioneira a filiar-se à tradicional Royal Academy of Dance de Londres. A academia de Lina sediou grandes eventos internacionais e recebe anualmente inúmeras alunas de diversas cidades da região para prestar seus exames.
Homenagens
Nas redes sociais, familiares, amigos e ex-alunos prestaram homenagens à bailarina. "Tia Lina Penteado se foi, mas ela deixou um legado para todos nós. Era a unica irmã do meu pai que estava viva. Meus sentimentos Cizinho e Fausto [filhos]", escreveu Lix da Cunha Neto.
Nas redes sociais, familiares, amigos e ex-alunos prestaram homenagens à bailarina. "Tia Lina Penteado se foi, mas ela deixou um legado para todos nós. Era a unica irmã do meu pai que estava viva. Meus sentimentos Cizinho e Fausto [filhos]", escreveu Lix da Cunha Neto.
Os alunos da bailarina a chamavam de tia, como gesto de carinho e respeito. "Tia Lina Penteado, que Deus a receba de braços abertos! Sua jornada aqui conosco foi esplêndida e admirável! Uma mulher de fibra, notável e muito generosa! Agradeço a Deus por colocar meus pais em seu caminho, pois se não fosse assim eu não teria dedicado 14 anos da minha vida ao ballet clássico! Só tenho a agradecer", escreveu uma ex-aluna.
'Uma dama'
A bailarina e fotógrafa de dança de Campinas Juliana Hilal contou ao G1 que Lina era uma referência para todos.
A bailarina e fotógrafa de dança de Campinas Juliana Hilal contou ao G1 que Lina era uma referência para todos.
"Eu estudei na escola [de Lina] por mais de 15 anos. Nos ensaios gerais de final de ano ela sempre aparecia e causava frisson entre as alunas. Todas queriam dançar para a tia Lina que, mesmo com a idade bem avançada, era sempre gentil e paciente. Uma dama. Assistia aos ensaios por horas seguidas, sempre com um sorriso no rosto", afirma Juliana.
A também bailarina e professora de dança Renata Nista Spis contou que a academia de Lina era sua segunda casa.
"Eu entrei na academia da tia Lina aos 3 anos de idade. Ela conseguiu construir um império da dança em Campinas, uma referência mesmo. Uma das coisas que eu mais lembro é que ganhávamos medalhas no final do ano dela. O coração saía pela boca", diz Renata.
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